SANE

O manejo de pacientes em uso de anticoagulantes que devem receber a anestesia neuroaxial é essencial com o surgimento de drogas mais potentes. Por mais raras que sejam as situações, estudos realizados, sejam prospectivos, randomizados ou metánalises, não definem as recomendações que devem ser tomadas para a realização de bloqueio do neuroeixo quando há uso de anticoagulante.

O risco de sangramento grave durante um tratamento com métodos de prevenções de tromboembolismo é considerado baixo. No entanto, o uso do mesmo medicamento para manter o RNI (relação de normatização internacional), pode significar um grande risco. Já o uso de heparina não fracionada, seja intravenosa ou subcutânea represente risco com índices baixos. O risco mais preocupante ocorre com o uso de trombolíticos, sendo o índice altíssimo.

Os maiores riscos de hematoma após bloqueios espinhais ocorrem com pacientes de idade avançada, do sexo feminino e que tenham tido hemorragia gastrintestinal recebe, na dependência de anticoagulantes. Já 10 à 15% dos casos, ocorrem em pacientes sem fatores de risco identificáveis.

Esses dados são importantes para a realização segura de anestesia do neuroeixo e bloqueios periféricos. Afinal, essa modalidade apresenta vantagens sobre outras técnicas, entre elas:

➡ analgesia eficaz;
➡ redução do sangramento perioperatório;
➡ redução da necessidade de transfusão sanguínea;
➡ redução da incidência de oclusão de enxertos.

Para finalizar, é importante salientar outros cuidados em pacientes sob medicação anticoagulante, como evitar via intramuscular, não instalar sonda nasogástrica e intubação nasotraqueal.